{"id":312302,"date":"2022-09-12T14:46:31","date_gmt":"2022-09-12T12:46:31","guid":{"rendered":"https:\/\/www2.infobip.com\/?p=312302"},"modified":"2022-09-12T14:48:18","modified_gmt":"2022-09-12T12:48:18","slug":"open-banking-personalizacao-sem-cookies","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www2.infobip.com\/pt\/blog\/open-banking-personalizacao-sem-cookies","title":{"rendered":"Como o Open Banking cria uma alternativa para personaliza\u00e7\u00e3o em um contexto sem cookies de terceiros?"},"content":{"rendered":"\n

Dados s\u00e3o dinheiro. \u00c9 atrav\u00e9s deles que se pode entender melhor seus clientes, suas demandas, prefer\u00eancias e criar experi\u00eancias que se encaixem perfeitamente em suas vidas. Dados fazem as empresas serem mais assertivas, terem menos custos de aquisi\u00e7\u00e3o e reter mais clientes.<\/p>\n\n\n\n

Com isso em mente, n\u00e3o \u00e9 de se admirar que todas as empresas – incluindo as institui\u00e7\u00f5es financeiras – fazem o que podem para terem em m\u00e3os o m\u00e1ximo poss\u00edvel de dados sobre seus clientes e usu\u00e1rios.<\/p>\n\n\n\n

No entanto, uma importante fonte de dados ser\u00e1 retirada do mercado em breve: os cookies de navega\u00e7\u00e3o. Isso far\u00e1 com que todos os setores tenham que se adaptar e buscar alternativas para seguir coletando informa\u00e7\u00f5es importantes que ajudar\u00e3o a personalizar a experi\u00eancia dos seus usu\u00e1rios. <\/p>\n\n\n\n

Mas calma! Aqui vem boa not\u00edcia para as institui\u00e7\u00f5es financeiras\u2026<\/p>\n\n\n\n

O que voc\u00ea precisa saber sobre o fim dos cookies de terceiros<\/h2>\n\n\n\n

Em paralelo \u00e0 import\u00e2ncia dos dados e a integra\u00e7\u00e3o deles nos processos das empresas, corre uma discuss\u00e3o sobre a privacidade dos clientes e a transpar\u00eancia do uso indiscriminado dos dados. Essa foi a principal raz\u00e3o mencionada pelo Safari e pelo Firefox para descontinuarem a capta\u00e7\u00e3o de cookies em seus navegadores.<\/p>\n\n\n\n

Esses cookies de navega\u00e7\u00e3o, tamb\u00e9m chamados de cookies de terceiros<\/strong> (ou third party data), s\u00e3o pequenos peda\u00e7os de c\u00f3digo usados para rastrear o que cada usu\u00e1rio faz em sites que n\u00e3o sejam os da pr\u00f3pria empresa<\/strong>. A partir deles, as equipes de Marketing podem personalizar experi\u00eancias e fazer an\u00fancios para audi\u00eancias mais interessadas em determinados produtos ou servi\u00e7os (retargeting e ad targeting). <\/p>\n\n\n\n

Por exemplo: voc\u00ea sabe quando entra em um site para buscar mais informa\u00e7\u00f5es sobre um cart\u00e3o de cr\u00e9dito e, de repente, \u00e9 inundado por an\u00fancios de cart\u00f5es de cr\u00e9dito das mais diversas marcas? Pois \u00e9, essa segmenta\u00e7\u00e3o \u00e9 feita atrav\u00e9s de cookies de navega\u00e7\u00e3o<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Mas nos \u00faltimos anos, os navegadores come\u00e7aram a parar de fazer essa captura de dados por dizerem que ela n\u00e3o \u00e9 compat\u00edvel com leis de privacidade vigentes e com o que eles queriam entregar para seus usu\u00e1rios. Foi o caso do Safari e do Firefox. <\/p>\n\n\n\n

O Google, no entanto, ainda resiste nesta pr\u00e1tica. S\u00f3 que por um tempo determinado. Segundo o \u00faltimo an\u00fancio da empresa, os cookies de terceiros deixar\u00e3o de existir no segundo semestre de 2024<\/a>. O an\u00fancio inicial, em Fevereiro de 2020, apontava para o fim desses dados ainda em 2022, mas o prazo j\u00e1 foi postergado duas vezes desde ent\u00e3o. A ideia \u00e9 que ele seja substitu\u00eddo aos poucos pela iniciativa conhecida como Privacy Sandbox<\/a>.<\/p>\n\n\n\n

Mas o que isso tem a ver com Open Banking?<\/h2>\n\n\n\n

Tudo. <\/p>\n\n\n\n

Nas palavras do pr\u00f3prio Google<\/a>: <\/p>\n\n\n\n

Voc\u00ea ainda depende de outra empresa (e de cookies de terceiros) para se aproximar dos seus clientes? (…) Com a mudan\u00e7a na mentalidade da ind\u00fastria e a reformula\u00e7\u00e3o no Google Chrome, \u00e9 importante que as marcas estabele\u00e7am rela\u00e7\u00f5es diretas com seus consumidores. Para isso, \u00e9 crucial ter uma estrat\u00e9gia de dados first-party.<\/em><\/strong>“<\/p><\/blockquote>\n\n\n\n

Os first-party data<\/em> (ou dados prim\u00e1rios) s\u00e3o informa\u00e7\u00f5es compartilhados entre usu\u00e1rio e empresas diretamente<\/strong>. Por exemplo: e-mail, n\u00famero de telefone, rastreamentos dentro do seu pr\u00f3prio site e aplicativo, renda mensal, investimentos que o usu\u00e1rio tem com voc\u00ea, conversas com seus chatbots, intera\u00e7\u00f5es com suas campanhas, entre outros. <\/p>\n\n\n\n

E \u00e9 justamente aqui que o Open Banking ser\u00e1 t\u00e3o importante. Afinal,ele \u00e9 uma grande fonte de informa\u00e7\u00f5es first-party <\/em>que s\u00e3o valios\u00edssimas para que voc\u00ea possa personalizar as suas ofertas, experi\u00eancias e comunica\u00e7\u00f5es de forma mais assertiva. <\/p>\n\n\n\n

Open Banking 1:1<\/strong><\/h4>\n\n\n\n

O Open Banking<\/strong><\/em>, ou sistema financeiro aberto, \u00e9 um conjunto de tecnologias que permite o compartilhamento de informa\u00e7\u00f5es sobre clientes entre institui\u00e7\u00f5es financeiras<\/strong> autorizadas pelo Banco Central (BC). <\/p>\n\n\n\n

A ideia central da iniciativa – que j\u00e1 est\u00e1 em andamento em pa\u00edses como Reino Unido, M\u00e9xico, Jap\u00e3o e Austr\u00e1lia – \u00e9 que o usu\u00e1rio seja o verdadeiro dono de seus dados financeiros<\/strong> e possa compartilh\u00e1-lo com as institui\u00e7\u00f5es financeiras que ele desejar. Desta forma, informa\u00e7\u00f5es como hist\u00f3rico de pagamento, produtos (e taxas!) que ele tem com outras institui\u00e7\u00f5es, investimentos, patrim\u00f4nio, entre outros poder\u00e3o ser compartilhados. <\/p>\n\n\n\n

A autoriza\u00e7\u00e3o de compartilhamento ter\u00e1 validade de 12 meses e, caso o usu\u00e1rio deseje que suas informa\u00e7\u00f5es financeiras sejam compartilhadas novamente, ele pode autorizar essa libera\u00e7\u00e3o mais vezes.<\/p>\n\n\n\n

As institui\u00e7\u00f5es consideradas S1 (com porte igual ou maior do que 10% do PIB brasileiro) e S2 (com porte entre 1 e 10% do PIB) ser\u00e3o obrigadas a disponibilizar APIs para o compartilhamento de dados quando solicitado pelo cliente. J\u00e1 as outras institui\u00e7\u00f5es (como fintechs, meios de pagamento e bancos de menor porte) podem optar ou n\u00e3o pela ades\u00e3o – lembrando que essa \u00e9 uma situa\u00e7\u00e3o rec\u00edproca, ou seja, s\u00f3 pode receber dados de clientes, quem estiver disposto a compartilh\u00e1-los tamb\u00e9m. <\/p>\n\n\n\n

Essa pr\u00e1tica \u00e9 pensada para estimular a competi\u00e7\u00e3o entre as institui\u00e7\u00f5es financeiras e reduzir a concentra\u00e7\u00e3o de mercado<\/strong> em apenas alguns grandes bancos. Isso porque ela permitir\u00e1 que institui\u00e7\u00f5es financeiras menores tenham acesso a um perfil e hist\u00f3ricos completos dos usu\u00e1rios e possam oferecer produtos e servi\u00e7os mais personalizados e com taxas e condi\u00e7\u00f5es mais atrativas para os clientes. <\/p>\n\n\n\n

Na pr\u00e1tica, como o Open Banking pode ajudar \u00e0s institui\u00e7\u00f5es financeiras em um contexto sem cookies de navega\u00e7\u00e3o?<\/h3>\n\n\n\n

Os brasileiros t\u00eam, em m\u00e9dia, 3,5 contas em institui\u00e7\u00f5es financeiras diferentes<\/a>. Isso significa que muitas de suas informa\u00e7\u00f5es est\u00e3o espalhadas e n\u00e3o entregam, necessariamente, uma vis\u00e3o completa para as institui\u00e7\u00f5es com as quais ele mant\u00e9m um relacionamento. <\/p>\n\n\n\n

Ent\u00e3o, a personaliza\u00e7\u00e3o real das experi\u00eancias pode ficar um pouco deficiente. Com as informa\u00e7\u00f5es disponibilizadas pelo Open Banking voc\u00ea poder\u00e1 n\u00e3o apenas saber quais produtos os usu\u00e1rios est\u00e3o buscando<\/strong> (como previd\u00eancia, cart\u00f5es de cr\u00e9dito, empr\u00e9stimo) que era o que os cookies de terceiros poderiam oferecer. Mas tamb\u00e9m se ele j\u00e1 possui esse produto em outra institui\u00e7\u00e3o e qual a taxa que ele paga<\/strong>. <\/p>\n\n\n\n

Ou seja, voc\u00ea poder\u00e1 fazer uma oferta muito mais focada nas reais necessidades do cliente e convert\u00ea-lo com mensagens em diversos canais e n\u00e3o comente em ads.<\/p>\n\n\n\n

A grande diferen\u00e7a aqui ser\u00e1 uma mudan\u00e7a de foco: as empresas precisam estar mais empenhadas na experi\u00eancia dos clientes e em entender suas necessidades com profundidade do que em convers\u00f5es r\u00e1pidas e de produtos \u00fanicos. A m\u00e9dio e longo prazo, isso ir\u00e1 se converter em lifetime values<\/em> (LTV) maiores e relacionamentos mais duradouros e frut\u00edferos para ambas as partes. <\/p>\n\n\n\n

E se voc\u00ea tem d\u00favida que se esse compartilhamento ir\u00e1 funcionar, saiba que 5 milh\u00f5es de brasileiros j\u00e1 autorizaram<\/a> o compartilhamento de seus dados financeiros apenas nos primeiros meses de libera\u00e7\u00e3o da API do Open Banking. Mas cerca de 65% da popula\u00e7\u00e3o afirma que est\u00e1 disposta a compartilhar seus dados<\/a> para obter taxas melhores dos produtos financeiros que possuem e querem adquirir. <\/p>\n\n\n\n

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